Tutores para alunos que chumbam

 

O Ministério da Educação vai lançar, no próximo ano letivo, um programa de professores-tutores para acompanharem crianças com pelo menos 12 anos e dois chumbos, fora do horário das aulas. A medida foi anunciada ontem, pelo ministro da Educação, no Parlamento.

 

O ministro Tiago Brandão Rodrigues assumiu que o novo programa é uma rutura com os cursos vocacionais do ensino básico, implementados pelo anterior governo, que serão extintos no final do próximo ano letivo. O ministro explicou que, ao contrário desses cursos, as tutorias não implicam "a segregação" dos alunos e sim um "reforço" do acompanhamento que estes recebem, independentemente de estarem integrados em percursos regulares ou alternativos do ensino básico. Uma medida que implica um maior investimento nestes alunos (no máximo de 15 milhões de euros), e que passará pela contratação de professores, que irão acompanhar grupos de cerca de dez alunos, quatro vezes por semana.

 

O projeto inspira-se no programa holandês “Too Young to Fail”. O secretário de Estado João Costa descreveu-o como mais do que um apoio pedagógico: "É apoio ao estudo mas também apoio socioemocional e apoio à relação com a escola, que é muitas vezes o que falha". Para este dirigente, o tutor será a "referência" adulta que muitos alunos não têm em casa.

 

 

 

Tutores para alunos que chumbam

 

 

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